Desde meados de julho, moradores começaram a sentir um gosto ruim nas águas captadas nos rios Pomba e Paraíba do Sul. Concessionárias e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) realizaram análises.
As concessionárias informaram que o problema era decorrente do aumento na quantidade de algas, e que a água está própria para o consumo. Já o Inea disse que constatou a presença de cianobactérias, porém, sem a presença de cianotoxinas, que fazem mal à saúde, validando as análises das concessionárias.
Diante das reclamações dos moradores de diferentes cidades, o Ministério Público informou que um Grupo Temático Temporário para atuação em Saneamento Básico, Desastres Socioambientais e Mudanças do Clima solicitou informações sobre monitoramento tanto da água bruta quanto da água tratada, inclusive sobre parâmetros organolépticos às concessionárias Águas do Paraíba, Águas de Pádua, CEDAE, Rio + Saneamento e Águas do Rio, referentes às ETAS operadas pelas concessionárias nos municípios das regiões Norte e Noroeste Fluminense.
O Ministério Público recomendou às concessionárias que adotem transparência ativa na gestão desses dados relevantes referentes à execução dos contratos de concessão, passando a divulgar os resultados das análises dos parâmetros exigidos.
O Ministério Público recomendou que as vigilâncias sanitárias municipais de Campos dos Goytacazes, Miracema, Aperibé, Santo Antônio de Pádua e São Fidelis que intensifiquem as ações de fiscalização e monitoramento previstas no Programa Vigiagua e alimentem o referido sistema com os resultados da análises exigidas.
A Vigilância Sanitária de São Fidélis informou que ainda não foi notificada pelo Ministério Público, mas que vem acompanhando a situação e fazendo fiscalização e monitoramento da potabilidade da água distribuída pela Rio + Saneamento na cidade.