Grupo de protetores de animais de rua calcula que mais de vinte cães morreram em um mês
“Pais de pets” devem ficar atentos por conta de um surto de cinomose, que já vitimou fatalmente dezenas de cães em vários bairros de Itaocara nos últimos dias. A situação é grave, mas pode ser atenuada com vacinação e alguns cuidados dos donos.
A cinomose é uma das mais temidas doenças que afetam cães de todas as raças. Ela é causada por um vírus altamente contagioso e com taxa de letalidade chegando a 80%, se não for tratada a tempo.
Os animais começam com sintomas comuns, como perda de apetite, diarreia e vômito, mas em poucos dias pode evoluir para uma nova fase que afeta o sistema neurológico do animal, levando-o a ter convulsões e paralisia. Os cães que conseguem sobreviver podem ficar com sequelas graves. Um dos “sintomas clássicos” da cinomose é a presença de secreção no focinho e ao redor dos olhos, semelhante à “remela”.
O médico veterinário Dr. Joseph S. Soares ressalta que a vacina ética (aquela fornecida e aplicada pelo médico veterinário) é a melhor prevenção.
“A doença deve ser identificada e tratada logo no início para ter sucesso. Existe um teste rápido que o veterinário faz no consultório, da mesma forma que é feito o teste rápido da COVID, e imediatamente temos o resultado. Os animais se contaminam através contato com secreções dos animais doentes, principalmente remela, secreção nasal e saliva.”, explica o veterinário.
Na cidade, um grupo de protetores de animais de rua calcula que mais de vinte cães já morreram no intervalo de apenas um mês. Apesar de os animais de rua serem as maiores vítimas, a doença também não poupou cães de raça, de casa e que não receberam a vacina ideal.
“Cada protetor tem feito um pouco. Alguns cães de rua estamos vacinando. A vacina custa R$ 70,00 e precisa de três doses para quem nunca tomou e depois uma dose anual. Esse vírus custa morrer. Pode ser levado na roupa, no sapato…”, comenta a Kéttila Botelho, que participa de um grupo de protetores de animais de rua.