O Sindicato dos Bancários de Campos dos Goytacazes e Região anunciou que 11 agências da Caixa Econômica Federal em seis dos oitos município irão parar durante o horário de expediente nesta terça-feira 15 de junho, de acordo com o Sindicato os caixas eletrônicos irão funcionar normalmente.
As agências que irão parar estão localizadas em Campos dos Goytacazes, São João da Barra, São Francisco de Itabapoana, São Fidélis, Italva e Itaocara. A greve é um portesto pela não inclusão dos bancários na lista dos grupos prioritários na vacinação contra a COVID-19, do Programa Nacional de Imunização (PNI).

O Presidente do Sindicato, Rafanele Alves Pereira, antecipa que a greve poderá ser realizada em outros bancos, caso a categoria, que deve ser considerada como essencial, continue de fora da vacinação prioritária.
— Temos conversado com as autoridades públicas de saúde dos municípios de base e, por meio da nossa confederação, a Contraf, temos também buscado diálogo com os banqueiros e governo. Os bancários e bancárias não pararam um minuto de trabalhar durante toda a pandemia e não podemos aceitar que não seja incluída como setor essencial para a imunização — afirma Rafanele.

A situação da Caixa, pontua o sindicalista, é ainda mais complicada porque atua direto no pagamento dos programas de distribuição de renda no auxílio emergencial. Além disso, os protocolos de segurança sanitária determinados pelos órgãos de saúde pública não têm sido seguidos corretamente. Mas, segundo ele, o risco é grande também para os trabalhadores e trabalhadoras de outros bancos.
Rafanele ressalta que a imunização dos bancários e bancárias é uma forma também de proteger clientes e usuários.

Na sexta-feira 11 de junho o Ministro da Saúde Marcelo Queiroga recebeu um oficio da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contranf-CUT) com a solicitação de inclusão da categoria bancária no Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19.
As informações e dados complementares que mostram tal necessidade pelas mãos das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira e Ivone Silva, presidentas da Contraf-CUT e do Sindicato dos Bancários de São Paulo Osasco e Região, respectivamente.
“Apresentamos os argumentos e trouxemos, inclusive, um parecer médico acerca das características do trabalho bancário na agência, que é um ambiente de trabalho fechado, sem ventilação natural, por não haver possibilidade de as portas permanecerem abertas por conta da segurança. Apresentamos também os dados que mostram o aumento de 176% dos desligamentos por morte na categoria. Além disso, explicamos a situação do contágio dos funcionários e clientes, que as agências se transformaram em um vetor risco para as milhões de pessoas que precisam ser atendidas por este serviço essencial para a população e que, por isso, em nenhum momento pôde permanecer fechado durante a pandemia”, explicou a presidenta da Contraf-CUT.
O ministro recebeu o pedido e vai encaminhá-lo para equipe técnica que estuda o PNI. “Ele disse que a decisão não é individual dele, mas desta equipe”, informou a presidenta da Contraf-CUT.